Muitos
Membros, Um Só Corpo Em Cristo.
Deus tem falado fortemente ao nosso coração
com respeito à unidade da sua igreja. Não podemos visar e nem nos contentar com
um simples ajuntamento de pessoas, não estamos promovendo uma atividade social.
A igreja não é um “clube social”, a igreja é o corpo de Cristo, então sempre
que nos reunimos para realizar algo, devemos ter isso em mente, são os membros
desse corpo espiritual em movimento, se relacionando, cooperando entre si,
interagindo, crescendo e se tornando saudável. Precisamos estabelecer entre nós
vínculos de amor, laços de amizade, precisamos avançar cada vez mais rumo à
unidade que Deus deseja para sua igreja. Há um desejo no coração de Deus que o
seu povo possa viver em comunhão. Agora
para nós vivermos em comunhão, nós temos que saber o que é comunhão. E para nós
sabermos sobre comunhão, nós temos que olhar primeiramente para o que a bíblia
diz sobre esse assunto tão vital para o crescimento e edificação da igreja, que
é o corpo de Cristo.
Juntos
nós formamos o corpo de Cristo, e individualmente cada um é membro deste corpo,
do qual Cristo é a cabeça. Ou seja, somos muitos membros, mas um em Cristo Jesus,
o qual é o líder soberano e supremo desse corpo.
Romanos
capítulo 12. 4- 5 diz “pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem
todos membros tem a mesma função; assim nós embora muitos somos um só corpo em
Cristo...E individualmente uns dos outros”.
Amados, esse texto nos dá a exata noção daquilo que caracteriza uma
igreja saudável.
Uma
igreja saudável vive como um corpo, um corpo constituído por muitos
membros, e cada membro possui a sua função específica, cuja é vital para a sua
saúde. Porém, nenhum membro consegue sobreviver se não estiver ligado ao outro.
Quando um membro que pertence ao corpo se isola dos demais, ele se torna “inútil”,
ele perde a sua vitalidade, em outras palavras ele morre, e todo corpo sofre e
até adoece por causa daquele membro, porque sente a sua ausência. Assim deve
suceder conosco, temos que sentir a falta daqueles membros que deixam o corpo,
daqueles irmãos que por algum motivo abandonam a igreja.
Cada membro é importante, cada membro tem uma função única, exclusiva. Por exemplo, se eu tentar pegar um objeto com o joelho, eu não vou conseguir. Porque essa não é a função do joelho, é a função das mãos. Mas por outro lado, a mão tem que estar inteira, pois se ela estiver mutilada, faltando os dedos, ficará com os seus movimentos limitados. O que nós aprendemos aqui? Que cada membro tem a sua função, e por menor que um membro possa parecer, ele é extremamente necessário para a vida do corpo. Isso mostra a importância de cada um para o corpo, no entanto, se você não estiver conectado ao outro (ao seu irmão), perderá a utilidade. Nós entendemos que uma igreja saudável é uma igreja em que os seus membros se relacionam entre si, interagem uns com os outros, é uma relação de interdependência. Há muitos membros mortos, porque simplesmente abandonaram o corpo, porque desprezaram a vida de comunhão, porque imaginaram que poderiam viver sem congregar. Há muitas pessoas achando que podem servir a Deus em casa sem a necessidade da igreja, mas estão completamente enganadas. Elas até podem viver sem ir ao templo, mas não podem ficar sem a comunhão com os irmãos. E se o templo é o principal lugar escolhido para os irmãos se reunirem, então eu não vejo outra forma de ter comunhão senão no templo. A questão não é o prédio da igreja, a questão é a igreja que se reúne no prédio,pois é o lugar escolhido para cultuamos a Deus, e edificamos uns aos outros. É importante sempre lembrar que a igreja não é feita de quatro paredes, a igreja são as pessoas que se reúnem entre as quatro paredes. Assim toda vez que nos reunimos é o corpo de Cristo presente, e como um membro pode sobreviver fora do corpo? Nós como membros do corpo de Cristo dependemos uns dos outros para o bom funcionamento e crescimento do corpo e nosso individualmente. É por isso, que o apóstolo Paulo afirma que é “cada membro ligado pelo auxílio de todas as juntas...”.
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo
naquele que é a cabeça, Cristo,
Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” Éfesios 4:15,16.
Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” Éfesios 4:15,16.
Uma igreja saudável vive como família e esta família está longe de ser infalível, está longe de ser
perfeita. Por isso, é certo que nós vamos encontrar muitas falhas
e imperfeições uns nos outros, mas também encontraremos muitas virtudes. Como
toda família que se preza haverá "brigas" de vez em quando, ou desentendimentos,
discordâncias, divergências, mas nada que possa se tornar empecilho para a
nossa unidade. Acima de tudo tem que vir o amor que é o vínculo da perfeição. A
perfeição não está nas pessoas que nos rodeiam, e sim no amor que nutrimos por
elas. O amor é um elo forte o bastante para nos unir mesmo com todos os nossos
defeitos e diferenças.
Uma
igreja saudável convive com as diferenças. É importante que se diga que não
precisamos ser iguais para sermos unidos. Mesmo sendo diferentes uns dos outros
podemos caminhar juntos e de mãos dadas. Unidade não significa uniformidade. Ou
seja, não significa ter os mesmos gostos, as mesmas ideias, o mesmo jeito. Para
que haja unidade ninguém precisa abrir mão da sua individualidade, o que eu
quero dizer é que você pode ser quem você é, e ainda assim ser um com o seu
irmão.
Jesus
durante o seu ministério terreno escolheu doze discípulos, nenhum deles se
pareciam, cada um tinha o seu jeito de ser e de ver as coisas. Pedro era mais
explosivo, já João era comedido, Judas intelectual, Tiago organizado e líder
nato, Tomé racional. Jesus em nenhum momento disse que eles teriam que ser
iguais, mas disse que eles deveriam se amar. Nisto conhecerão todos que sois os meus
discípulos: se vos amardes uns aos outros (Jo 13,35). O amor nos torna
iguais naturalmente, onde há amor, ali há igualdade, mas, volto a repetir, essa
igualdade não tem a ver com personalidades, e sim com a forma de tratamento. O
amor faz com que eu considere o meu irmão igual a mim, mesmo ele sendo tão
diferente. O amor faz com que eu trate o meu irmão da forma que eu gostaria de
ser tratado. Deus nos manda amar, porque o amor supera qualquer diferença, por maior
que ela seja. O amor transpõe toda barreira existente e nos ensina a colocar a
causa sempre acima dos nossos interesses pessoais. Quem nunca teve vontade de
esganar aquele irmão “complicado” de lhe dar? Mas por que não fizemos isso?
Por causa de Cristo, a nossa causa maior, o seu amor é a razão que nos une e
nos ajuda a perdoar sempre. Deus ama tanto a diversidade que não há no planeta um ser humano que seja igual ao outro. A prova disso é que ninguém possui o
mesmo DNA, isso serve para nos mostrar que Deus nos fez seres únicos e
especiais, inigualáveis. Ele não fez cópias, ao contrário, somos fora de série,
em cada um Deus planejou e formou uma obra inédita. Agora quando se trata do
reino do Espírito, aí a coisa se inverte, passamos a ter o mesmo DNA espiritual,
pois a identidade de Cristo que está em nós é a mesma.
Pois
sendo muitos- cada um de um jeito, com as suas características
próprias, coma sua personalidade, com as suas peculiaridades. Somos um – um
só corpo em Cristo. Ou seja, quando é que as nossas diferenças desaparecem?
Quando nos unimos em Cristo. A unidade talvez seja o princípio mais importante
na igreja de Deus. Jesus disse que ela seria a condição essencial para que o
mundo viesse a crer nele. João 17.21-23.
A unidade
não tem nada a ver com uma reunião, com um ajuntamento de pessoas. Nós podemos
estar reunidos sem estar unidos. Pois se tiver alguém dentro da comunidade
cristã que não fala ou não gosta do outro, a unidade já está comprometida.
Permita-me compartilhar um exemplo, que aprendi com o pastor Aluísio. A. Silva
em seu livro 21 dias de unidade. Um saco de batatas constituí uma unidade? Sim
ou não? Não! O que é preciso para que elas se tornem unidas? È necessário
transformá-las em purê de batatas. Isso acontece quando elas são descascadas,
levadas ao fogo e amassadas. Só assim elas se tornam uma só, não há mais como
distinguir umas das outras. Deus quer que sejamos como um purê de batatas. Mas,
para que isso ocorra temos que passar por alguns processos:
1-Temos que permitir que ele nos descasque.
A casca do velho homem tem que
ser lançada fora. A casca do orgulho, da vaidade, do egoísmo, enfim, tudo que
lembra o velho homem com seus feitos pecaminosos. Pois quando a casca do velho
homem é retirada se torna evidente o que temos de melhor, Cristo em nós.
2-Temos que ser queimados com o fogo do Espírito
santo.
A chama tem que arder em nós para que saiam as impurezas e assim possamos
virar uma nova e única massa.
3- E por fim é necessário que Deus nos amasse.
Como o
barro nas mãos do oleiro, temos que deixar ele nos moldar, nos prensar, isto é,
trabalhar e forjar o nosso caráter.
E quando
passarmos por esse processo que não é humano, é sobrenatural, ou seja, vem
através da unção que é derramada sobre nossas vidas, então cada um com a sua
particularidade, é enxertado na videira verdadeira e podado para que possa frutificar se
tornando um em Cristo. Então, passará existir uma mesma linguagem, um
pensamento, um coração e propósito no Senhor. E essa unidade construída em
Cristo não há demônio ou inferno que possa resistir.Quando todos os membros
trabalham unidos, cada um desempenhando a sua função em prol do corpo, esse
corpo se torna saudável. Pense numa corrente de bicicleta, os seus elos
ligados, unidos, seguindo um mesmo sentido, trabalhando com um único propósito,
fazer a bicicleta se movimentar. É exatamente isso que Deus quer ver em nós,
uma igreja saudável, com discípulos que se relacionam, cooperem entre si,
membros ligados pelo auxílio de todas as juntas para a glória de Deus. Amém.
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