George Whitefield
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George Whitefield | |
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Nome completo | George Whitefield |
Nascimento | 16 de dezembro de 1714 Gloucester, na Inglaterra |
Morte | 30 de setembro de 1770 (55 anos) Newburyport, Massachusettsnos EUA |
Nacionalidade | ![]() |
Ocupação | Pastor |
George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana.
Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o caminho para a evangelização de massa. Enquanto jovem sua sede de Deus o tornou consciente de que o Senhor tinha um plano para sua vida. Para preparar-se, jejuava e orava regularmente, e muitas vezes ia ao culto duas vezes por dia. Na Universidade de Oxford(Inglaterra) cooperou com os irmãos John e Charles Wesley, participando com eles no "Clube Santo".
História de George Whitefield era o filho de uma viúva que mantinha uma pousada em Gloucester, Inglaterra. Em uma idade precoce, ele descobriu que ele tinha uma paixão e talento para atuar no teatro, uma paixão que ele continue através da re-encenações teatrais muito das histórias da Bíblia que ele disse durante seus sermões. Ele foi educado na A Escola de Crypt, Gloucester , Gloucester, e Pembroke College, Oxford. Whitefield, porque veio de uma família pobre, ele não tem os meios para pagar a sua taxa de matrícula. Ele então entrou em Oxford como um servo, o menor grau de estudantes de Oxford. Em troca de ensino gratuito, foi designado como um servo de um maior número de estudantes classificados. Seus deveres incluiriam acordá-los na parte da manhã, polir os seus sapatos, carregando seus livros e até mesmo fazer o seu curso. Foi uma parte do "Clube Santo" na Universidade de Oxfordcom os irmãos Wesley, João e Charles.
Isso porém não o impedia de sentir-se cada vez mais distante de Deus até sua conversão, em 1735. Nas suas próprias palavras, foi como se um "fardo pesado" tivesse sido removido. Fez seu primeiro sermão na igreja em que havia sido batizado. Seu fervor era evidente; alguns zombavam, mas outros ficavam impressionados - houve a queixa de que quinze de seus ouvintes "enlouqueceram" (se converteram)! Após isso pregou a mensagem do novo nascimento e da justificação pela fé para grandes multidões em Londres, mas outros começaram a recusar-lhe o púlpito, e a se lhe opor fortemente.
Na véspera da sua separação para o ministério, passou o dia em jejum e oração. Após ser ordenado diácono e receber sua graduação, partiu para a Georgia, Estados Unidos, a convite de John Wesley, onde ajudou a fundar um orfanato. Voltou à Inglaterra três meses depois para receber o sacerdócio, na sua Igreja Anglicana. Ao perceber que muitos púlpitos ainda lhe estavam fechados, quebrou a tradição e passou a pregar ao ar livre. Afirma-se que quase nunca pregava sem chorar, e que costumava ler a Bíblia de joelhos. Tendo consagrado a vida a Cristo, orava freqüentemente. A freqüência de ouvintes tornara-se tão numerosa que impressionara John Wesley, que concordou em utilizar o mesmo método de pregação ao ar livre. Quando retornou novamente ao serviço missionário na América, em 1739, começou um período de atividades como ministro congregacional. Jonathan Edwards realizou durante mais de um mês uma série de pregações pela Nova Inglaterra, falando a multidões de até oito mil pessoas quase todos os dias. Essa atividade missionária foi provavelmente o evento que desencadeou o movimento de reavivamento conhecido como o Grande Despertamento. Seu trabalho também lançou o alicerce para a fundação de aproximadamente 50 faculdades e universidades americanas, incluindo a Universidade de Princeton e a da Pennsylvania. Whitefield tornou-se o foco do reavivamento na América, visitando-a sete vezes, mas seu trabalho no Velho Mundo era também bastante vigoroso: em certa ocasião, na Escócia, pregou a 100.000 ouvintes, e 10.000 responderam ao apelo.
Firme defensor do Calvinismo, rompeu com o arminianismo de John Wesley em 1741, mas continuaram amigos. Com isso, passou a ser conhecido como o líder dos MetodistasCalvinistas. Whitefield continuou a pregar extensivamente nos Estados Unidos e por toda a Grã-Bretanha e Irlanda: crê-se que pregou mais de 18.000 sermões. Whitefield morreu na América, em 1770, da forma que desejara: no meio de uma série de pregações. No seu funeral, John Wesley o homenageou como um grande homem de Deus.
Encontra-se sepultado em Old South Presbyterian Church, Newburyport, Condado de Essex, Massachusetts nos Estados Unidos..
Hudson Taylor
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Missionário na China | |
Nascimento | 21 de maio de 1832 Barnsley, Yorkshire, Inglaterra |
Morte | 3 de junho de 1905 (73 anos) Changsha, Hunan, China |
James Hudson Taylor 戴德生 (21 de Maio de 1832 – 3 de Junho de 1905) foi um missionário Cristão Protestante Inglês na China, e fundador do China Inland Mission (CIM) (agora OMF International). Taylor viveu na China por 51 anos. A sociedade que ele iniciou foi responsável pelo envio de mais de 800 missionários ao país que começaram 125 escolas[1] e diretamente resultou na conversão Cristã de 18,000 pessoas, também como no estabelecimento de mais de 300 estações de trabalho com mais de 500 colaboradores locais em todas as dezoito províncias.
Taylor era conhecido por sua sensibilidade à cultura chinesa e zelo pelo evangelismo. Ele adotou a prática de usar roupas nativas da China mesmo quando isso era raro entre os missionários da época. Sob a sua liderança, a CIM era singularmente não-denominacional na prática e aceitava membros de todos os grupos Protestantes, incluindo indivíduos da classe de trabalho, mulheres solteiras e recrutas multinacionais, também. Primeiramente por causa da campanha do CIM contra o comércio do Ópio, Taylor foi citado como um dos Europeus mais significantes a visitar a China no Século XIX. O Historiador Ruth Tucker sumariza o tema de sua vida:
“ | Nenhum outro missionário nos dezenove séculos desde o apóstolo Paulo teve uma visão mais ampla e usou um plano mais sistematizado para evangelizar uma grande área geográfica como Hudson Taylor. | ” |
Taylor teve a oportunidade de pregar em várias variadades de Chinês, incluindo o Mandarin, Teochew dialeto Chaozhou, e os dialetos Wu do Xangai e Ningbo. O último destes ele conhecia o bastante para ajudar a preparar uma edição coloquial do Novo Testamento escrito nessa língua.
Juventude e início de trabalho
Taylor nasceu em Barsley, Yorkshire, Inglaterra, filho de um químico (farmacêutico) e Metodista, James Taylor e sua esposa, Amelia (Hudson), mas como adolescente ele se distanciou das crenças cristãs de seus pais. Aos 17 anos, depois de ler um panfleto evangelístico[6] , professou a sua fé em Cristo, e em Dezembro de 1849, se comprometeu a ir à China como missionário.[carece de fontes] Nesse tempo ele entrou em contato com Dr Edward Cronin de Kensington – um dos membros do primeiro partido missionário do Plymouth Brethren no Baghdad. É acreditado que Taylor aprendeu os seus princípios missionários de fé durante o seu contado com o Brethren.[carece de fontes]
Taylor pôde pedir emprestado uma cópia do livro “China: Seu Estado e Perspectivas” por Walter Henry Medhurst, que ele rapidamente leu. Foi durante esse tempo que começou a aprender o Mandarin Convencional, Grego, Hebreu e Latim.
Em 1851, se mudou para um vilarejo pobre em Kingston upon Hull para ser um assistente médico ao Dr. William Hardey, e começou a se preparar para uma vida de fé e serviço, se devotando aos pobres e confiando em Deus para suprir as suas necessidades. Entre os pobres, treinou pregações ao ar-livre e distribuição de panfletos. [carece de fontes] Novamente, Taylor estava em contato com Andrew Jukes, um notável professor do Brethren em Hull.
Em 1852 ele começou a estudar medicina no Hospital Royal Londom em Whitechapel, Londres, como forma de se preparar para o trabalho na China. O grande interesse sobre a China acordou na Inglaterra através da Rebelião Taiping, que na época foi suposta erroneamente como um grande movimento ao Cristianismo, juntamente com as grandes porém exageradas reportagens feitas por Karl Gützlaff sobre a acessibilidade da China, levou à fundação da Chinese Evangelisation Society (Sociedade da Evangelização Chinesa). Hudson ofereceu o seu serviço à missão e se tornou seu primeiro missionário.
Primeira visita à China
Taylor deixou a Inglaterra no dia 19 de Setembro de 1853 antes de completar os seus estudos médicos, chegando no Xangai, China, no dia 1 de Março de 1854. A quase desastrosa viagem no navio “Dumfries” pela passagem Leste próxima à Pulau Buru durou cerca de 5 meses. Na China, ele foi imediatamente confrontado com a guerra civil, tornando o seu primeiro ano no país um tanto tumultuado.
Taylor fez 18 viagens de pregação na área do Xangai começando em 1855, e frequentemente era mal recebido pela população, mesmo trazendo consigo kits médicos e habilidades. Decidiu adotar as roupas nativas chinesas e também cortar o seu cabelo com um rabo-de-cavalo, como também era de costume. Assim, conseguiu atrair um público sem causar perturbações. Antes disso, Taylor percebeu que para onde viajava era chamado de “diabo preto” por causa do sobretudo que vestia. Distribuiu milhares de panfletos evangelísticos e partes das Escrituras em Xangai e nas suas proximidades. Durante a sua estadia no Xangai, também adotou e cuidou de um menino chinês chamado Hanban.
Wiliam Chalmers Burns, um evangelista escocês da English Presbyterian Mission (Missão Presbiteriana Inglesa) começou um trabalho em Shantou e Taylor se juntou a ele por um tempo. Depois de ir embora, descobriu que todos os seus suprimentos médicos tinham sido destruídos num incêndio. Então em Outubro de 1856, enquanto atravessava a China, foi roubado de quase todos os seus pertences.
Realocado em Ningbo em 1857, Taylor recebeu uma carta de um George Müller apoiador que levou Taylor e seu colega John Jones a se separarem da problemática missão que os enviara. Ao invés disso, decidiram trabalhar de forma independente no que se tornou a “Missão Ningbo”. Quatro homens chineses se juntaram a eles no trabalho: Ni Yongfa, Feng Ninggui, Wang Laijun e Qiu Guogui.
Em 1858, Taylor se casou com Maria Jane Dyer, a filha órfã do Rev. Samuel Dyer da London Missionary Society (Sociedade Missionária de Londres), que tinha sido um missionário pioneiro aos chineses de Penang, Malásia.[7] . Hudson conheceu Maria em Ningbo onde ela viveu e trabalhou numa escola para meninas dirigida por uma das primeiras mulheres missionárias na China, Mary Ann Aldersey.
Como um casal, os Taylors cuidaram e adotaram um menino chamado Tianxi enquanto moravam em Ningbo. Tiveram um filho legítimo que morreu no fim de 1858. Sua primeira filha a sobreviver, Grace, nasceu em 1859. Pouco depois de seu nascimento, os Taylors se apropriaram de todas as operações no hospital em Ningbo que estava sendo liderado pelo Dr. William Parker. Em uma carta à sua irmã Amelia Hudson Taylor ele escreveu no dia 14 de Fevereiro de 1860,
“ | Se eu tivesse mil libras a China deveria o ter- se eu tivesse mil vidas, a China deveria as ter. Não! Não a China, mas Cristo. Podemos fazer demais para Ele? Podemos fazer demais por um Salvador tão precioso?[8] | ” |
Por conta de problemas de saúde, em 1860 Taylor decidiu retornar à Inglaterra numa viagem familiar. Os Taylors navegaram de volta à Inglaterra no navio Jubilee juntamente com a sua filha, Grace e um jovem homem, Wang Laijun, da igreja de Bridge Street em Ningbo, que ajudaria com a tradução da Bíblia a continuar na Inglaterra.
Família e ministério no interior da China
Taylor usou seu tempo na Inglaterra para continuar seu trabalho, na companhia de Frederik Foster Gough da Sociedade Missionária da Igreja traduzindo o Novo Testamento em um dialeto Ningbo Romanizado para a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Ele completou seu diploma (e um curso de obstetrícia) no Hospital Real de Londres com o Royal College of Surgeons em 1862, e com a ajuda de Maria, escreveu um livro chamado “China's Spiritual Need and Claims” em 1865, que foi instrumento para gerar simpatia pela China e voluntários para o campo missionário. Estes voluntários começaram a ir em 1862, o primeiro deles sendo James Joseph Meadows. No livro Taylor escreveu:
“ | Oh, se a eloquência defendesse a causa da China, se um lápis colocado no fogo pintasse a condição desse povo.[9] | ” |
Ele viajou extensivamente pelas Ilhas Britânicas falando em igrejas e promovendo as necessidades da China. Em casa, no lado Leste de Londres, também ministrou na Prisão de Newsgate. Durante este tempo ele se tornou amigo de Charles Haddon Spurgeon, que pastoreou o Tabernáculo Metropolitano e se tornou um mantenedor de Taylor para toda a vida. Também, entre 1865 e 1866, os Taylors anfitriaram o jovem Thomas John Bernardo em sua casa como possível candidato missionário.
Seu segundo filho, Herbert, nasceu em Londres em 1861. Os Taylors tiveram outros filhos em 1862, Frederick; em 1864, Samuel; e em 1865 Jane – que nasceu morta.
No dia 25 de Junho de 1865, em Brighton, Taylor definitivamente se dedicou a Deus para a fundação de uma nova sociedade que se encarregasse do evangelismo das áreas não-alcançadas nas províncias do interior da China. Ele fundou a China Inland Mission juntamente com William Thomas Berger pouco depois. Em menos de um ano, eles tinham aceitado 24 missionários e levantado mais de £2,000 (aproximadamente R$380.903,57 nos valores de 2007[carece de fontes]). No começo de 1866 Taylor publicou a primeira edição de “Occasional Paper of the China Inland Mission” que depois se tornou “China's Millions” (Os Milhões da China).
O resumo que se segue foi escrito por Taylor e seus princípios se tornaram essenciais ao China Inland Mission:
“ | 'Objetivo A China Inland Mission foi formada sob uma percepção profunda da necessidade urgente da China, e com um desejo sincero, constrangido pelo amor de CRISTO e a esperança de Sua vinda, para obedecer ao comando de pregar o Evangelho a toda criatura. O seu objetivo é, pela ajuda de DEUS, trazer aos chineses o conhecimento do amor salvador de DEUS em CRISTO, trabalhando no interior da China.
Caráter. A missão é Evangélica, e abraça membros de todas as grandes denominações Cristãs.
Métodos. Métodos um tanto peculiares foram adotados para trabalhar com a nova organização. Foi determinado: 1. Que cada candidato adequadamente qualificado para trabalho missionário deve ser aceito sem restrições em relação a denominações, desde que sua fé seja sã nos em todas as verdades fundamentais.
2. Que todos que saíram como missionários devem ir na dependência de Deus para os suprimentos temporais, com o claro entendimento que a Missão não garantiu nenhum tipo de salário; e sabendo que, como a Missão não entraria em dívida, ela podia apenas ministrar à aqueles conectados com ela de acordo com o dinheiro que entrasse no decorrer do tempo.
Sustento. A Missão é mantida inteiramente pelas ofertas de livre-arbítrio do povo do Senhor. As necessidades do trabalho são colocadas diantes de Deus em oração, não sendo autorizado nenhum tipo de solicitação pessoal. Não é gastado nada mais do que o recebido, entrando em dívidas sendo considerado inconsistente com o princípio bíblico de total dependência em Deus.[10]
| ” |
No dia 26 de Maio de 1866, depois de mais de cinco anos trabalhando na Inglaterra, Taylor e sua família foram à China com sua nova equipe de missões o Partido Lammermuir. Na época, uma viagem de 4 meses era considerada rápida. Enquanto estavam no Mar do Sul da China e também no Oceano Pacífico o navio quase naufragou mas sobreviveu a 2 tufões. Chegaram em segurança no Xangai no dia 30 de Setembro de 1866.
Jonathan Edwards
Alguém que alcançou grandeza como um pregador-

Jonathan Edwards não é apenas o maior
de todos os teólogos e filósofos americanos, mas também o maior de nossos
escritores do período que antecede o século XIX. Dessa maneira escreve Randall
Stewart em seu livro: “Literatura Americana e Doutrina Cristã”.
Aqui está um conciso resumo da vida
de Edwards, originado da hábil pena de Perry Miller:
“Jonathan Edwards foi um dos cinco ou
seis maiores artistas da América que, afortunadamente, se decidiu por trabalhar
com ideias ao invés de poemas e novelas. Ele teve muito mais de psicólogo e homem
sensível do que de um lógico. Ainda que ele tenha devotado seu gênio a tópicos
derivados do corpo teológico (a vontade, virtude e o pecado), ele traçou-os da
melhor maneira que um expectador poderia fazer…”
Para nós, ver Jonathan Edwards
ascender ao seu púlpito hoje, com uma vela em uma mão e seu sermão manuscrito
em outra, causaria deboche na congregação. A partir de nossos modernos assentos
acolchoados da igreja, com galerias acarpetadas e tranquilizante música de
fundo, nós dificilmente capturaríamos a antiga dignidade da igreja
despretensiosa onde Edwards e outros mantiveram cativos os corações e mentes
dos seus ouvintes.
Quando Jonathan Edwards
“pronunciava-se” pelo Espírito, a face sem expressão, a voz melodiosa e as
vestes solenes eram esquecidas. Ele não era nem simplório nem preguiçoso. Ele
era um “coração” devotado à intenção de partilhar a palavra da verdade. Mas, ao
fazer isso, Edwards ardia em fogo. E mesmo assim – para ele – o sensacionalismo
era um anátema. Gerar sensação nunca foi o pensamento por trás de nenhuma de
suas pregações. Erudição em chamas por Deus é, em minha mente, a oitava
maravilha do mundo. E Edwards possuía isso!
A língua de Edwards deveria ser
parecida com uma afiada espada de dois gumes para seus atentos ouvintes. Suas
palavras deveriam ser tão dolorosas para os corações e consciências quanto o
metal incandescente é para a carne. Não obstante, homens deram atenção,
arrependeram-se e foram salvos.
“Conhecendo o terror do Senhor” (algo
aparentemente esquecido em nossos dias, tanto no púlpito quanto nos bancos da
igreja) Edwards inflamava com ira santa. Indiferente quanto às consequências de
tamanha severidade na pregação, ele trovejava tais palavras de seu púlpito:
“O arco da ira de Deus está retesado
e suas flechas preparadas sobre a corda. A justiça divina aponta a flecha para
seu coração e estica o arco. Não há nada senão o bel-prazer de Deus – e isso
tudo de um Deus irado, que não tem nenhuma promessa ou obrigação para com o
pecador – que mantém por um momento a flecha de ser embebida com seu sangue”.
Proferir verdades como essa, com
lágrimas e ternura, requer um homem ungido, porém destemido e cheio de
compaixão.
Mas, nos corações e mentes dos
ouvintes deve haver também um pouco de graça prévia em operação. Aparte disso,
os homens deveriam rebelar-se contra essa áspera varredura de poder sobre suas
almas. Entretanto, antes do furacão espiritual de Edwards, a multidão entrou em
colapso. Alguns caíram ao chão como se fossem troncos cortados por machado.
Outros, com as cabeças curvadas, agarraram-se nas colunas do templo como se
estivessem com medo de caírem nas mais baixas profundezas do inferno.
Edwards chorava enquanto pregava.
Nisso ele era um parente espiritual do poderoso Brownlow North (pregador
inglês), do avivamento que ocorreu anos depois na Irlanda, em 1859. A lei
divina do Salmo 146.6 nunca foi e nunca poderá ser ab-rogada: “Aquele que leva
a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo os seus molhos”.
Como pastor de uma das maiores, mais
próspera e socialmente comprometida igreja da Nova Inglaterra, Edwards possuía
uma rara percepção das necessidades do seu rebanho. Ele ainda mantinha um
coração com grande ternura pela sua saúde espiritual.
Vamos até os bosques onde Edwards
está sozinho com seu Deus. Vamos engatinhar até atrás de uma árvore retorcida e
escutar sua oração quebrantada:
“Eu sinto uma ardência na alma para
ser… esvaziado e aniquilado, para permanecer no pó e ser cheio apenas Cristo
apenas, a fim de amá-Lo com um santo e puro amor, de confiar Nele, de viver
Nele e de ser perfeitamente santificado e feito puro com uma divina e celestial
pureza”.
Edwards também era “aparentado
espiritualmente” com George Whitefield, seu contemporâneo. Foi o poderoso
americano, Jonathan Edwards, entusiasmado pelo apóstolo inglês, Whitefield?
Porventura os trovões da vibrante alma de Whitefield – que naquela época
tempestearam a Nova Inglaterra – causaram um distúrbio e um desafio na
normalidade da vida de pregação de Edwards? Essa não é uma questão retórica.
Ela não pode ser respondida completamente, mas contém mais que uma especulação.
Nós realmente sabemos que após encontrar o jovem George Whitefield, Jonathan
Edwards mudou seu estilo de pregação.
Aprouve ao Senhor colocar Edwards de
lado em um pequeno pastorado em Stockbrigde, Massachusetts. Esse banimento veio
devido a uma diferença que Edwards teve com um certo senhor Stoddard, que
administrou a Ceia do Senhor para alguns que não haviam feito pública profissão
de sua fé em Jesus Cristo como seu salvador pessoal. Porém, nessa exclusão, a
mente brilhante de Edwards tomou asas. Seu pensamento longamente incubado veio
à luz. Assim, ele poderia dizer ao senhor Stoddard o que José disse para seus
irmãos: “Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem”.
Da sua pena – naquela época – fluiu o melhor de seus escritos. Edwards dormiu,
mas sua mensagem ainda fala.
Quando a voz de Milton (John Milton,
escritor inglês) há muito havia sido silenciada pela morte, Wordsworth (William
Wordsworth) clamou:
“Milton, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A Inglaterra precisa de ti;
Ela é um pântano de águas
estagnadas”.
Nós poderíamos parafrasear aquelas
palavras desta maneira:
“Edwards, tu deverias ter
Vivido nessa hora:
A América precisa de ti
Ela é um pântano (espiritualmente
falando)
De águas estagnadas”.
Uma fina casca – mui fina casca de
moralidade – pelo que parece a mim, retém a América de um completo colapso.
Nessa perigosa hora nós precisamos de uma geração inteira de pregadores como
Edwards.
“Óh Senhor dos Exércitos, traze-nos
de volta; faça sua face brilhar sobre nós, assim seremos salvos”!
Contraste esse grande homem de Deus
com um de seus contemporâneos. Cito abaixo algumas palavras do livro “Crise na
Moralidade”, de Al Sanders:
“Max Jukes, o ateu, viveu uma vida
sem Deus. Ele se casou com uma garota descrente e, dessa união, houveram 310
descentes que morreram como indigentes, 150 foram criminosos, 7 foram
assassinos, 100 foram beberrões e mais da metade das mulheres foram
prostitutas. Seus descendentes custaram ao Estado 1,25 milhões de dólares.
Porém, louvado seja o Senhor que
trabalha das duas maneiras. Há um registro de um grande americano – homem de
Deus – Jonathan Edwards. Ele viveu na mesma época de Max Jukes, mas ele se
casou com uma mulher de Deus. Uma investigação foi feita em seus 1.394
descendentes conhecidos, dos quais 13 se tornaram presidentes de faculdade, 65
professores universitários, 3 senadores dos EUA, 30 juízes de direito, 100
advogados, 60 cirurgiões, 75 oficiais do exército e da marinha, 100 pregadores
e missionários, 60 autores de proeminência em suas áreas, 1 vice-presidente dos
EUA, 80 que se tornaram qualificados como oficiais do governo, 295 graduados em
universidades, entre os quais houveram governadores de Estados e diplomatas
para nações estrangeiras. Seus descendentes jamais custaram um centavo para o
Estado. “A memória dos justos é abençoada” (Provérbios 10.7)”.
Para nós, isso é a conclusão de tudo
que importa!

Charles Haddon Spurgeon?
Charles Haddon Spurgeon, comumente referido como C. H. Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892), foi um pregador Batista Reformado, nascido em Kelvedon, Essex na Inglaterra.
Converteu-se ao cristianismo em 6 de janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. Aos dezesseis, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Condado de Cambridgeshire (Inglaterra). Em 1854, Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio.
Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas Escrituras Bíblicas lhe deram o título de O Príncipe dos Pregadores e O Último dos Puritanos.
A família de Spurgeon, escapando da perseguição contra os protestantes perpetrada por Filipe II, fugiu da Holanda para Inglaterra, por volta de 1570, estabelecendo na região de East Anglia. No século XVII, os Spurgeons sofreram dura perseguição incitada porCarlos II contra os não-conformistas (dissidentes da Igreja Anglicana que não aceitaram o Ato de Uniformidade de 1662). Anos mais tarde, os Spurgeons estabeleceram em Stambourne.
- New Park Street Pulpit Volums and Metropolitan Tabernacle Pulpit Volums — 63 volumes de sermões publicados por Spurgeon pela Alabaster & Passmore, de 1855 a 1917, divididos em duas grandes seções (NPSPV de 1855 a 1861, e MTPV de 1861 a 1917)
- All of Grace — editado em português sob o título Tudo pela Graça
- Miracles and Parables of Our Lord — três volumes
- Spurgeon’s Morning and Evening — livro de leituras devocionais diárias
- The Sword and The Trowel — revista mensal editada por Spurgeon
- The Treasury of David — comentário em vários volumes sobre os Salmos
- Around the Wicket Gate — Livros escrito como complemento ao All of Grace; publicado em português como Diante da Porta Estreita
- Till He Come — sermões sobre a ceia do Senhor
- A Puritan Catechism — uma compilação feita por Spurgeon em 1855 usando as Confissões de Fé Batista de 1689 e a Confissão de Fé de Westminster
- Come, ye children — sermões sobre a ceia do Senhor
- Faith’s Checkbook — Devocionário escrito na época na Controvérsia do Declínio
- Projeto de tradução de sermões, livros e devocionais de Charles Spurgeon ao Português (em português)
- Livro de Cheques do Banco da Fé (Devocionário Diário), Leituras Matinais (Devocionário Diário), Tesouro de David (Comentário ao Livro dos Salmos) e Sermões inéditos em Português de Portugal (em português)
Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de Junho de 1834, como o primogênito de 16 irmãos, de John Spurgeon e sua esposa Eliza Jarvis, em Keveldon, e foi batizado em 3 de agosto desse ano por seu avó, pastor congregacional, James Spurgeon. Recebeu o nome de ‘Charles’ de um tio de sua mãe. ‘Haddon’, devido a um antigo amigo da familia de Spurgeon que os ajudou em hora de necessidade. Em agosto de 1835, seus pais mudaram para Colchester,e entregaram Charles aos cuidados de seu avó, com quem viveu até os 5 anos. Durante esse tempo, leu muitos livros, entre eles The Piligrems Progress, (em português “O Peregrino”) de John Bunyan, obra que marcaria o resto de sua vida. Também leu, da biblioteca de sua avó, muitas obras de Puritanos, como Richard Baxter e John Owen. Aos seis anos, voltou a morar com os pais, já devidamente instalados em Colchester.
Aos 10 anos, um pastor chamado Richar Knill impressionou muito ao jovem Charles ao declarar que “esse menino pregaria o Evangelho a grandes multidões”. Esse fato marcou profundamente e mente da jovem criança. Spurgeon cursou seus estudos em Colchester até 1848, indo depois a Newmarket para estudar numa escola localizada na área de Cambridgeshire.
Conversão
De 1848 a 1850, Charles Spurgeon teve um período de muitas dúvidas e amarguras. Esteve sob grande convicção de pecado. Ficou convicto que não era um cristão de fato, mesmo sendo criado em todo o ambiente religioso de sua família e região, e sobre forte influência puritana e não-conformista. Em janeiro de 1850, tendo como objetivo ir a uma reunião matutina em uma igreja congregacional em Colchester, para buscar paz em sua perturbada alma, se deteve numa capela de metodistas primitivos em Artilley Stree, mais em consequência da forte nevasca que por vontade própria. Nessa capela, o jovem juntou-se a pequena congregação quando, sem pregador para ministrar a Palavra, um simples membro da igreja subiu ao púlpito, mesmo sem grande habilidade de orador, e repetiu nervosa e constantemente o texto de Isaías45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. . Depois de certo tempo, apelou aos presentes que olhassem para Jesus Cristo. Spurgeon olhou para Jesus com fé e arrependimento, tendo Ele como seu Salvador e substituto, e foi salvo.
Primeiros anos
Após a conversão, Spurgeon voltou das férias em Colchester para Newmarket. Foi batizado pelo pastor batista da Igreja de Islehan, W.W.Cantolw, no rio Lark , em 3 de maio de 1850, e foi aceito na congregação batista de Newmarket. Depois, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças. Em agosto, mudou-se para Cambridge. Trabalhou na escola dominical também. Nesse mesmo ano, pregou seu primeiro sermão em Teversham. Em outubro de 1851, foi convidado a pregar na Igreja Batista de Waterbeach, ao norte de Cambridge. A congregação, cresceu rapidamente. Em Janeiro de 1852, Spurgeon aceitou o pastoreado efetivo dessa Capela. A fama de Spurgeon logo cresceu na região, como um potente pregador.
Spurgeon pensou em cursar um seminário em 1852, mas desistiu da ideia. Em novembro de 1853, Spurgeon falou na União das Escolas Dominicais de Cambridge. George Gould, diácono em Essex, o ouviu, e contou sobre o jovem pregador a Thomas Olney, diácono-chefe da Capela de New Park Street, que o convidou a pregar nessa Igreja em dezembro de 1853. Em 1854, os mebros de New Parlk Street, sem pastor efetivo desde 1853, convidaram de novo o jovem a pregar, e nessa ocasião, convidaram-lhe para ser testado por seis meses para assumir o pastoreado vago da Igreja. Porem, em Abril de 1854,só 2 meses depois, foi eleito pastor e confirmado no cargo, o qual preencheu efetivamente até 1891.
New Park Street
Localizada em uma área metropolitana, a Capela Batista da Rua de New Park, (New Park Street Chapel) em Southwak, outrora fora uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de 232 pessoas.
No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.
Spurgeon logo causou muita agitação em Londres; alguns o criticavam pelo seu estilo de pregação (teatral demais para alguns; ‘caipira’ e vulgar para outros). Spurgeon era posto em dúvida até mesmo por seus colegas batistas. Alguns chegaram a publicar em jornais sobre suas dúvidas da real conversão do jovem Spurgeon. Mesmo com toda a oposição, a antes vazia e reduzida congregação atraiu a atenção de tantos, que em certos periódicos chegou-se a citar que “desde os tempos de George Whitefield e John Wesley, Londres não era tão agitada por um reavivador.” Diversas caricaturas foram publicadas, algumas o elogiando, e outras debochando de sua pregação.
Tabernáculo Metropolitano
Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somado a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Tentou-se ampliar a Capela de New Park Street, em 1858, mas logo viu-se a necessidade de um local ainda maior. Portanto, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano,em Newington, com capacidade para 12 mil ouvintes, e aberto em 25 de março de 1861. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.
No começo de seu ministério, Spurgeon, um ardoroso calvinista desde o inicio de sua conversão, teve que se defender da acusação de ser mais pendente ao arminianismo do que os demais batistas particulares ( deve-se notar que um dos predecessores de Spurgeon no pastoreado de New Park Street foi o pastor e teólogo John Gill, que em muitas ocasiões era um ferrenho hipercalvinistas). Em diversas ocasiões Spurgeon pregou sermões que provavam que seus acusadores estavam equivocados.
Com o passar do tempo, Charles Haddon Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales, Holanda e Estados Unidos ( foi convidado a pregar em Nova York, mas recuso o convite). Spurgeon pregava não só em reuniões ao ar livre, mas também nos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou oThe Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.
Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles.Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah. Thomas Spurgeon chegou a pastorear o Tabernáculo Metropolitano 2 anos após a morte de seu pai.
Sermões
A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon e seu amigo John Passmore, um editor e membro de New Park Street, começaram, em 1855, a publicar semanalmente sermões impressões, vendidos à baixos preços. Pelos idos de 1850, era uma prática muito comum a publicação e distribuição de sermões escritos, pelos maiores pastores não conformistas tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos. Spurgeon publicou seu primeiro sermão em Cambridge, num sermonário avulso, e em 1855, surgiu a ocasião da publicação semanal. Os sermões pregados por Spurgeon domingo de manhã, eram publicados na quinta-feira seguinte, ( e revisados pelo próprio Spurgeon) e os sermões pregados domingo a noite e quinta-feira a noite eram reservados para futura publicação: isso e mais alguns sermões escritos por Spurgeon quando doente formaram um tal acervo que garantiu a publicação semanal até o ano da morte de Spurgeon, ( até essa data, 2241 publicados) e dos outros até 1917, totalizando 3.653 sermões publicados divididos em 63 volumes ( maior que a Enciclopédia Britânica e até hoje considerada a maior quantidade de textos escritos por um único cristão em toda a história da cristianismo). O sermão nº 537 “A Regeneração Batismal” pregado em 1864, foi o que mais vendeu individualmente quando Spurgeon era vivo; a demanda chegou a 300.000 impressões em uma semana. Em 1892, os sermões de Spurgeon já eram traduzidos para cerca de 9 línguas diferentes.
Muitos sermões de Spurgeon eram enviados via telegrafo aos Estados Unidos e republicados lá: depois de 1865, muitos deles foram censurados, pelo fato de Spurgeon ser totalmente contra a escravidão dos negros africanos (Nessa época, ocorreu a Guerra de Sesseção)
Também escreveu e editou 135 livros durante 27 anos (1857-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos. (O seu “Tesouro de Davi”, uma compilação de comentários sobre os Salmos, levou mais de 20 anos para sua conclusão)
Colégio do Pastor e obra evangelista
Spurgeon, desde o início de seu pastoreado, começou a treinar alguns jovens que ele cria terem o chamado para obra evangelística e pastoreado. Seu primeiro aluno foi Thomas Medhurst, em 1856. Com o tempo, muitos jovens começaram a requerer de Spurgeon instrução, e ele, junto com o congregacionalista George Rogers abriram, em 1856 o “Colégio do Pastor”, e Rogers foi colocado como diretor. Nos primeiros anos, o Colégio funcionou na casa de Rogers, e Spurgeon bancava com as despesas dos alunos, com o lucro da venda de seus livros e sermões. Depois de certo tempo e o aumento dos alunos, as aulas eram dadas na antiga e desocupada Capela de New Park Street, e posteriormente, na parte inferior do Tabernáculo Metropolitano. Várias Conferências foram realizadas nesse colégio. Depois da morte de Spurgeon, em sua homenagem, o Colégio foi renomeado deSpurgeon College (ou, Universidade Spurgeon), e existe até hoje sendo uma instituição de preparação de pastores ao ministério.
Em conexão com esse trabalho, surgiu uma associação de colportores, responsáveis pela evangelização e distribuição de material evangelizador e teológico. Mais tarde, a esposa de Spurgeon, Sussana, abriu um fundo de para distribuição de literatura para pastores, e um fundo de ajuda aos pastores pobres
Obras assistenciais
Quando Spurgeon chegou Londres, a Capela de New Park Street mantinha uma casa, desde a época do pastoreado de John Rippon, no século XVIII, destinada ao cuidado das víuvas pobres e necessitavas. Nessa localidade, elas viviam gratuitamente. Depois de 1861, foi construído um novo prédio, e instalado perto do Tabernáculo Metropolitano.
O Orfanato Stockwell para meninos nasceu em 1866, de uma reunião de oração, quando Spurgeon sentiu o desejo de fazer mais da Obra do Senhor aos necessitados. Uma volumosa oferta lhe chegou em mãos, e Spurgeon a recusou, até mesmo sugerindo que se doasse o dinheiro para o famosos irmão George Muller, conhecido por manter uma grande obra social em Bristol. Porem, a ofertante insistiu que Spurgeon tocasse esse projeto. Assim, teve para si que era reposta a oração feita anteriormente, e abriu o orfanato, em Stockwell. em 1876, foi aberto outro orfanato, esse para meninas.
Também depois de 1861, e com o grande aumento do Tabernáculo, foi aberto um fundo de ajuda aos necessitados da igreja. Outros grupos de senhoras tinham uma associação de benfeitoras, e uma sociedade para ajudar moças pobres grávidas foi inaugurada. Diversas outras obras de cunho assistencial foram abertas com o fim de ajudar os necessitados de Londres.
Luta e oposição
Spurgeon enfrentou muita oposição no fim de seu ministério; pelos idos de 1887-1888, ele foi envolvido na que se chamou “A controvérsia do declínio”, quando Spurgeon criticou duramente muitos membros da União das Igrejas Batistas da Inglaterra ( do qual ele era afilidado)que estavam afrouxando a sua pregação diante do liberalismo teológico e da Alta crítica ( movimento que invocava a idéia de ser uma acurada investigação da historicidade da Bíblia, mas que na prática negava a Infabílidade e a Inerrância da Palavra de Deus). Spurgeon foi duramente criticado e taxado de antiquado. Muitos deixaram de contribuir com as obras sociais e missionários do Tabernáculo metropolitano. É certo para muitos que essa controvérsias, que foi travada em sermões, reuniões e editoriais, desgastou ainda mais a debilitada saúde de Spurgeon, que por fim se desligou (ele e o Tabernáculo) da União Batista em 1887. Posteriormente, a congregação batista voltou a se associar a União, mas desde que Peter Master assumiu o pastoreado do Tabernáculo Metropolitano, em 1970, ela rompeu novamente com a União Batista.
Últimos dias
Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Nesse meio tempo, Spurgeon teve sua saúde grandemente debilitada. Spurgeon desenvolveu, por volta dos 25 anos, Gota e Reumatismo, e grandes ataques de depressão, principalmente depois de 1857, quando um culto realizado em Surrey Garden foi organizado para cerca de 10.000, e devido a um tumulto provocado por um falso alarme de incêndio, levou a morte de 6 pessoas. Quanto mais a idade avançava, mais essas enfermidades o debilitavam. Pelo que registrado em suas Biografias, ele teve uma melhora da Gota, mas mesmo dessa forma, nunca esteve em pleno vigor novamente. Sua mulher também tinha graves problemas de saúde, e isso agravava mais ainda a situação. Por diversas vezes, Charles teve que se ausentar de seu púlpito por recomendação médica. Chegou a passar um período de férias em 1864 (quando viajou até a Itália), e depois, muitas vezes , sempre no fim do ano, se hospedava em Menton, Sul da França, pelo clima mais quente que na Inglaterra, e também por recomendação médica. Depois de 1887, foram cada vez mais constantes essas viagens, chegando a passar meses em retiro.
Nessa época, foi diagnosticado de doença de Bright, uma doença degenerativa e crônica, sem cura. Muitos sermões seus eram lidos, e outros escritos e enviados ao Tabernáculo para leitura, para suprir a falta do pastor. Em 1891, sua condição se agravou mais, forçando Spurgeon a convidar o pastor presbiteriano Arthur Pierson dos Estados Unidos para assumir temporariamente a função principal no Tabernáculo; e Spurgeon ficou em Menton até 31 de janeiro de 1892, quando, depois de alguns dias de melhora de seu estado, houve uma grande deterioração de sua saúde, levando ao óbito nessa data, aos 57 anos. O corpo de Spurgeon foi trasladado da França para Inglaterra. Na ocasião de seu funeral – 11 de fevereiro de 1892 – muitos cortejos e cultos foram organizados em Londres, e seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de sua conversão, Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Spurgeon está sepultado no cemitério de Norwood, com um placa que diz Aqui jaz o corpo de CHARLES HADDON SPURGEON, esperando o aparecimento do seu Senhor e Salvador JESUS CRISTO
Período Pós-Spurgeon
Em 1893, Arthur Pierson voltou aos Estados Unidos, e o Tabernáculo Metropolitano foi pastoreado por seu filho, Thomas Spurgeon, que fora pastor naAustrália. Em 1898, devido a um incêndio, o Tabernáculo Metropolitano foi completamente destruído, só restando dele o pórtico frontal. Foi reconstruído e re-inaugurado em 1901, seguindo o modelo original de 1861. Em 1908, assumiu o pastoreado do Tabernáculo Archibald G. Brown, (que fora conhecido de Spurgeon e também se retirara doa União Batista em solidariedade a Spurgeon). Em 1911, assumiu o pastoreado o pastor americano Anzi Clarence Dixon, que afastou doutrinariamente a Igreja das doutrinas pregadas por seus antecessores, incluindo até novidades, como um orgão (na época de Spurgeon, os hinos eram cantados à capela). pediu demissão em 1919, sendo sucedido pelo pastor calvinista Tydeman Chilvers Harry
Em 1938 , o Dr. W Graham Scroggie, assumiu o pastoreado; em 1941, devido a Segunda Guerra Mundial, e aos bombardeios de Londres pelos Nazistas, o Tabernáculo Metropolitano foi novamente incendiado e destruído. Seria totalmente reconstruído em 1957 (com um projeto arquitetônico diferente do original, e menor que o original) sobre o pastoreado de Eric W Hayden (que foi sucesso de Gerald B Griffiths, até 1954)
Em 1963, Dennis Pascoe, foi pastor da Igreja até 1970, quando Peter Master assumiu o pastoreado e o mantêm até os dias de hoje. Ele resgatou muito do que foi ensinado por Spurgeon, e re-colocou em prática no serviço dominical, nas escolas dominicais, e nas ações evangelísticas.
Alguns dos trabalhos escritos mais conhecidos de Charles Haddon Spurgeon
Ligações externas Autobiografia, vols. 1 e 2 (em inglês)
fonte:http://www.projetospurgeon.com.br/quem-foi-spurgeon/quem-foi-charles-haddon-spurgeon/
John Wesley, por George Romney (1789)
Doutrina

Legado
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John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo cristãobritânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.
John Wesley viveu na Inglaterra no século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial, onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. Ocristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral.
Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.
John Wesley, décimo quinto filho do ministro anglicano Samuel, que se tinha mostrado ser jacobita ao negar a reconhecer William de Orange como soberano inglês, e de Susana Wesley, nasceu a 17 de junho de 1703, em Epworth na Inglaterra.
Devido às atividades pastorais e políticas que impediam o Reverendo Samuel de dar a devida assistência ao lar, Susana assumiu a administração financeira da família e a educação dos filhos e filhas. Disciplinava-os com rigidez, mantendo um horário para cada atividade e reservando um tempo de encontro com cada filho para conversar, estudar e orar.
Ainda na infância, John Wesley foi o último a ser salvo, de forma miraculosa, em um incêndio que destruiu toda sua casa, onde estivera preso no segundo andar. A partir desse dia, Susana, sua mãe, dedicou-lhe atenção especial, pois entendeu que Deus havia poupado sua vida para algo muito especial.
Aos cinco anos de idade, Susana Wesley começou a alfabetizar John, usando o livro dos Salmos como apostila.
John estudou com sua mãe até os 11 anos. Entrou, então, para uma escola pública, onde ficou como aluno interno por seis anos. Aos 17 anos, foi para a Universidade de Oxford.
John Wesley iniciou seus estudos em Oxford onde começa a se reunir com um grupo de estudantes para meditação bíblica e oração, sendo conhecidos pelos colegas universitários de "Clube Santo". Ele não inventou o nome: alunos, notando que os membros do grupo tinham horário e método para tudo que faziam, os tacharam como 'metodistas'. Wesley preferia chamá-los simplesmente de 'Metodistas de Oxford'.
Neste grupo Wesley e seu irmão Charles iniciaram visitas e evangelismos em presídios. Wesley passou então a se interessar mais pela questão social de seu país e a miséria que a Inglaterra vivia na época.
Assim, gradua-se em Teologia, e pode ajudar a seu pai na direção da Igreja Anglicana.
Isto até os 32 anos, quando atendeu a um apelo: precisava-se de missionários na Virgínia, Nova Inglaterra.
Há uma equivocada história de que o reverendo Wesley havia sido maçom. Houve um homem de nome John Wesley em Downpatrick, Irlanda, que se tornou mestre maçom em 13 de Outubro de 1788. O reverendo Wesley também esteve em Downpatrick algumas vezes, mas não nesta data. Em 13 de outubro de 1788 o diário do reverendo John Wesley registra que ele esteve em Wallingford, proximidade de Londres. [1]
Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley à Virgínia, Estados Unidos, para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?".
Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos morávios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus) e Wesley, vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que Deus não poderia o justificá-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude), predispôs-se a seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.
Após 2 anos, John Wesley volta desiludido com o trabalho realizado na Virgínia. Encontra-se, então, com Pedro Böhler, em Londres. Böhler era pastor morávio (da Morávia,Alemanha) e com ele John Wesley se convence de que a fé é uma experiência total da vida humana. Procurou, então, libertar-se da religião formalista e fria para viver, na prática, os ensinos de Jesus.
No dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião, ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito por Martinho Lutero, pai da Reforma Protestante, sobre a carta aos Romanos, John sente seu coração se aquecer. Experimenta grande confiança em Cristo e recebe a segurança de que Deus havia perdoado seus pecados.
No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, é assim narrada em seu diário:
"Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração"[2] .
Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Charles Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.
Como não havia muitas oportunidades na Igreja Anglicana, Wesley pregava aos operários em praças e salões - muito embora ele não gostasse de pregar fora da Igreja - E tornou-se conhecidíssima esta sua frase: "o mundo é a minha paróquia"[3] .
Influenciados pelos morávios, John e seu irmão Charles organizaram pequenas sociedades e classes dentro da Igreja da Inglaterra, liderados por leigos, com os objetivos de compartilhar, estudar a Bíblia, orar e pregar. Logo o trabalho de sociedades e classes seria difundido em vários países, especialmente nos Estados Unidos e na Inglaterra e estaria presente em centenas de sociedades, com milhares de integrantes.
Com tanto serviço, Wesley andava por toda a parte a cavalo, conquistando o apelido de 'O Cavaleiro de Deus'. Calcula-se que, em 50 anos, Wesley tenha percorrido 400 mil quilômetros e pregado 40 mil sermões, com uma média de 800 sermões por ano. John Wesley deixou um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais.
A Igreja Metodista, como Igreja propriamente, organizou-se primeiro nos EUA e depois na Inglaterra (somente após a morte de Wesley no dia 2 de março de 1791).
Além de milhares de convertidos e encaminhados para a santificação cristã, houve também obras sociais dignas de destaque, como estas: Dinheiro aos pobres que Wesley distribuía, o compêndio de medicina que Wesley escreveu[6] e foi largamente difundido, apoio na reforma educacional, apoio na reforma das prisões, apoio na abolição da escravatura[7] .
Atualmente, o total de membros da comunidade metodista no mundo está estimado em cerca de 75 milhões de pessoas. O maior grupo concentra-se nos Estados Unidos: aIgreja Metodista Unida neste país é a segunda maior denominação protestante.
Hoje, além dos seguidores do Metodismo, a vida de muitos é influenciada pela missão de Wesley. Movimentos posteriores como o Movimento de Santidade e o Pentecostalismodevem muito a ele. A insistência wesleyana da busca da santificação pessoal e social contribuem significativamente para a ideologia da busca de uma vida e mundo melhor. AIgreja Católica Romana recebeu indiretamente alguns conceitos de Wesley quando o cardeal John Henry Newman uniu-se a ela, vindo da Igreja Anglicana e concretizando em reformas litúrgicas, sociais, carismática e teológica desde o Concílio Vaticano II.
Faleceu a 2 de março de 1791, em Londres, Inglaterra. Encontra-se sepultado em Wesleys Chapel, Grande Londres, Londres, Inglaterra.[8]
Precisamos de homens de Deus como spurgeon na nossa geração.
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