- Texto: 1 João 4.1-20
O Apóstolo
João nos faz um alerta contra o perigo dos falsos profetas. Por que ele nos dá
esse aviso? Porque os falsos profetas constituem uma grande ameaça para a saúde
espiritual da igreja de Cristo. João nos dá essa advertência, porque sabe que
uma igreja contaminada, por falsos ensinamentos, perderá a sua integridade e
terá o seu testemunho comprometido perante o mundo. Por essa razão, ele nos
manda ser prudentes, e isso significa não acreditar de imediato em qualquer
pessoa, mesmo que esta aparentemente venha no nome de Cristo. Não podemos
presumir, que todos aqueles que dizem anunciar o evangelho procedem de Deus,
sem antes prová-los. Devemos ser cautelosos, e avaliar com o máximo de cuidado
o que está sendo pregado. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até
vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (Mateus
7:15) Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros,
guardai-vos da circuncisão; (Filipenses
3:2). A palavra cães entende-se
por maus obreiros, falsos mestres. São aqueles que se intitulam líderes
espirituais, mas não visam a causa de cristo, os seus interesses são pessoais e
escusos. O que é avaliar? É verificar, considerar, comparar. E qual é o nosso
parâmetro para medir as palavras de alguém? O que nós usamos como referência? A
escritura. A palavra de Deus. Ela é o nosso único instrumento de avaliação.
Através da bíblia, o nosso manual de vida, nós temos condições de discernir a
procedência do espírito do mensageiro. Nós podemos julgar a profecia, e
conferir a exatidão ou não, das palavras que estão sendo ensinadas na igreja.
Tomemos como exemplo, os crentes de Beréia, os quais analisaram minuciosamente
as palavras de Paulo, para ter certeza que elas originavam-se das escrituras. E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a
Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens (Atos 17:10-12). O Apóstolo Paulo é enfático quando diz que ainda que um anjo do céu anuncie outro evangelho, seja considerado anátema (gálatas 1.8). Pode pregar muito bem, pode fazer cair fogo do céu, mas se prega outro evangelho, fuja de tais homens. Se o que está sendo ensinado é um evangelho reduzido ou misturado, que não está de acordo com a bíblia não dê crédito.
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens (Atos 17:10-12). O Apóstolo Paulo é enfático quando diz que ainda que um anjo do céu anuncie outro evangelho, seja considerado anátema (gálatas 1.8). Pode pregar muito bem, pode fazer cair fogo do céu, mas se prega outro evangelho, fuja de tais homens. Se o que está sendo ensinado é um evangelho reduzido ou misturado, que não está de acordo com a bíblia não dê crédito.
Como podemos distinguir esses falsos
profetas? São aqueles que têm aparência de piedade, mas negam a pessoa e a obra
redentora de Cristo. Negam a sua deidade, ignoram que Ele era o Deus encarnado,
100% homem e 100% Deus (V.2). Homens que negam a eternidade de Cristo,
colocando-o na posição de criatura. Não valorizam o sacrifício de Jesus e
buscam os seus próprios interesses. E também houve
entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que
introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as
suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.(2 Pedro 2:1-3)
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.(2 Pedro 2:1-3)
Segundo João estes homens
jamais falaram pelo Espírito de Deus, e sim usados pelo espírito do anticristo
que atua na sociedade, e que tem inclusive adentrado os portões da igreja. São
congregações inteiras correndo o risco de ser ludibriada por esse espírito.
Porém, aqueles que de fato, são nascidos de Deus, que têm prazer em meditar na
sua palavra, não precisam se atemorizar, pois eles não podem ser enganados por esse
espírito. Porque o Espírito de Deus que neles habita é maior, e trabalha para
testificar as palavras e as obras que pertencem a Deus (V.4). Aquele que
pertence ao mundo é influenciado pelo espírito do erro, isto é, é dominado pelo
pecado. E uma das definições da palavra pecado é errar o alvo, se desviando da
vontade de Deus. Entretanto, o filho de Deus é guiado pelo Espírito da verdade,
ele é intimamente convencido do seu pecado e se entristece profundamente,
porque sabe que o pecado é uma ofensa grave contra a santidade de Deus (v.5-6).
O Amor que procede de Deus
Qual é a evidência de que alguém é nascido
de Deus e conhece a Deus? Um dos fortes indicadores é o amor. Aquele que ama
procede de Deus. Que tipo de amor é esse? É o amor que se baseia no exemplo de
Deus. De que maneira Deus manifestou o seu amor a nós e por nós? Entregando
Cristo para morrer em nosso lugar. Deus ofereceu o seu filho amado como
propiciação pelos nossos pecados, isto é, como sacrifício para apaziguar á sua ira (v.7-10). Mas
Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue,
seremos por ele salvos da ira (Romanos
5:8,9). Esse amor que emana de Deus, não consiste em palavras
vazias e abstratas, é um amor que se provou com atos concretos. Esse tipo de
amor, do qual João está nos ensinando é sacrificial. É o amor que exige
entrega, exige renúncia, que se coloca no lugar do outro. Abre-se mão do
próprio bem estar em prol do bem estar de quem está ao lado. Não foi isso que
Jesus fez? Ele abriu mão da sua própria glória para habitar entre pecadores
miseráveis. Que exemplo Jesus nos deixou, ao assumir a forma de servo, e morrer
numa cruz em nosso lugar! Mas nós não estamos muito dispostos a servir o
próximo, não gostamos nem de ceder o acento para alguém dentro do ônibus. Nós
não queremos abrir mão dessa glória passageira e corruptível, amamos a glória
dos homens. Mencionar sobre a vida de cruz nos causa escândalos, pois esta não
é certamente uma mensagem atrativa em nossos dias, afinal quem estaria disposto
a sacrificar o conforto, por causa do evangelho? Quem renunciaria as suas
ambições pessoais por Deus?
João não se limitou apenas as palavras,
mas demonstrou através do próprio exemplo, o que significava sacrificar. Ele
sacrificou a sua vida na ilha de Patmos, abrindo mão da liberdade por causa do
testemunho de Cristo (Apocalipse 1.9). Se você prestar atenção ouvirá a
conversa entre João e os inimigos do evangelho: “-João, ou você nega esse
Jesus, ou nós iremos lhe prender na ilha de Patmos. Então o servo de Deus sorri
e diz: - prisão seria negar a minha fé, pois não há liberdade fora de Cristo”.
Logicamente que estou só conjecturando, porém, a atitude silenciosa de João, poderia
ser interpretada dessa forma. Viver esse amor sacrificial só é possível por
intermédio do Espírito Santo, ele é o único que nos capacita a agir e ser como
Deus (V.11-19).
Há muitas pessoas, inclusive líderes que
dizem conhecer a Deus, que se dizem nascidos de Deus, mas odeiam os irmãos.
João é contundente, ao dizer que eles não passam de mentirosos e nunca tiveram
um encontro real com o Senhor V.20).
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