sábado, 24 de outubro de 2015

Os Falsos Profetas


  • Texto: 1 João 4.1-20

     O Apóstolo João nos faz um alerta contra o perigo dos falsos profetas. Por que ele nos dá esse aviso? Porque os falsos profetas constituem uma grande ameaça para a saúde espiritual da igreja de Cristo. João nos dá essa advertência, porque sabe que uma igreja contaminada, por falsos ensinamentos, perderá a sua integridade e terá o seu testemunho comprometido perante o mundo. Por essa razão, ele nos manda ser prudentes, e isso significa não acreditar de imediato em qualquer pessoa, mesmo que esta aparentemente venha no nome de Cristo. Não podemos presumir, que todos aqueles que dizem anunciar o evangelho procedem de Deus, sem antes prová-los. Devemos ser cautelosos, e avaliar com o máximo de cuidado o que está sendo pregado. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (Mateus 7:15) Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; (Filipenses 3:2). A palavra cães entende-se por maus obreiros, falsos mestres. São aqueles que se intitulam líderes espirituais, mas não visam a causa de cristo, os seus interesses são pessoais e escusos. O que é avaliar? É verificar, considerar, comparar. E qual é o nosso parâmetro para medir as palavras de alguém? O que nós usamos como referência? A escritura. A palavra de Deus. Ela é o nosso único instrumento de avaliação. Através da bíblia, o nosso manual de vida, nós temos condições de discernir a procedência do espírito do mensageiro. Nós podemos julgar a profecia, e conferir a exatidão ou não, das palavras que estão sendo ensinadas na igreja. Tomemos como exemplo, os crentes de Beréia, os quais analisaram minuciosamente as palavras de Paulo, para ter certeza que elas originavam-se das escrituras. E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos homens (Atos 17:10-12).
O Apóstolo Paulo é enfático quando diz que ainda que um anjo do céu anuncie outro evangelho, seja considerado anátema (gálatas 1.8). Pode pregar muito bem, pode fazer cair fogo do céu, mas se prega outro evangelho, fuja de tais homens. Se o que está sendo ensinado é um evangelho reduzido ou misturado, que não está de acordo com a bíblia não dê crédito.

      Como podemos distinguir esses falsos profetas? São aqueles que têm aparência de piedade, mas negam a pessoa e a obra redentora de Cristo. Negam a sua deidade, ignoram que Ele era o Deus encarnado, 100% homem e 100% Deus (V.2). Homens que negam a eternidade de Cristo, colocando-o na posição de criatura. Não valorizam o sacrifício de Jesus e buscam os seus próprios interesses. E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.(2 Pedro 2:1-3)

      Segundo João estes homens jamais falaram pelo Espírito de Deus, e sim usados pelo espírito do anticristo que atua na sociedade, e que tem inclusive adentrado os portões da igreja. São congregações inteiras correndo o risco de ser ludibriada por esse espírito. Porém, aqueles que de fato, são nascidos de Deus, que têm prazer em meditar na sua palavra, não precisam se atemorizar, pois eles não podem ser enganados por esse espírito. Porque o Espírito de Deus que neles habita é maior, e trabalha para testificar as palavras e as obras que pertencem a Deus (V.4). Aquele que pertence ao mundo é influenciado pelo espírito do erro, isto é, é dominado pelo pecado. E uma das definições da palavra pecado é errar o alvo, se desviando da vontade de Deus. Entretanto, o filho de Deus é guiado pelo Espírito da verdade, ele é intimamente convencido do seu pecado e se entristece profundamente, porque sabe que o pecado é uma ofensa grave contra a santidade de Deus (v.5-6).

                       O Amor que procede de Deus


    Qual é a evidência de que alguém é nascido de Deus e conhece a Deus? Um dos fortes indicadores é o amor. Aquele que ama procede de Deus. Que tipo de amor é esse? É o amor que se baseia no exemplo de Deus. De que maneira Deus manifestou o seu amor a nós e por nós? Entregando Cristo para morrer em nosso lugar. Deus ofereceu o seu filho amado como propiciação pelos nossos pecados, isto é, como sacrifício para apaziguar  á sua ira (v.7-10). Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (Romanos 5:8,9). Esse amor que emana de Deus, não consiste em palavras vazias e abstratas, é um amor que se provou com atos concretos. Esse tipo de amor, do qual João está nos ensinando é sacrificial. É o amor que exige entrega, exige renúncia, que se coloca no lugar do outro. Abre-se mão do próprio bem estar em prol do bem estar de quem está ao lado. Não foi isso que Jesus fez? Ele abriu mão da sua própria glória para habitar entre pecadores miseráveis. Que exemplo Jesus nos deixou, ao assumir a forma de servo, e morrer numa cruz em nosso lugar! Mas nós não estamos muito dispostos a servir o próximo, não gostamos nem de ceder o acento para alguém dentro do ônibus. Nós não queremos abrir mão dessa glória passageira e corruptível, amamos a glória dos homens. Mencionar sobre a vida de cruz nos causa escândalos, pois esta não é certamente uma mensagem atrativa em nossos dias, afinal quem estaria disposto a sacrificar o conforto, por causa do evangelho? Quem renunciaria as suas ambições pessoais por Deus?

      João não se limitou apenas as palavras, mas demonstrou através do próprio exemplo, o que significava sacrificar. Ele sacrificou a sua vida na ilha de Patmos, abrindo mão da liberdade por causa do testemunho de Cristo (Apocalipse 1.9). Se você prestar atenção ouvirá a conversa entre João e os inimigos do evangelho: “-João, ou você nega esse Jesus, ou nós iremos lhe prender na ilha de Patmos. Então o servo de Deus sorri e diz: - prisão seria negar a minha fé, pois não há liberdade fora de Cristo”. Logicamente que estou só conjecturando, porém, a atitude silenciosa de João, poderia ser interpretada dessa forma. Viver esse amor sacrificial só é possível por intermédio do Espírito Santo, ele é o único que nos capacita a agir e ser como Deus (V.11-19).

      Há muitas pessoas, inclusive líderes que dizem conhecer a Deus, que se dizem nascidos de Deus, mas odeiam os irmãos. João é contundente, ao dizer que eles não passam de mentirosos e nunca tiveram um encontro real com o Senhor V.20).












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