sábado, 26 de novembro de 2016

Jesus, A Nossa Redenção

Texto Chave: Gênesis 3.1-15

    A história do evangelho, a história de Cristo e de seus redimidos é muito especial. O romance mais lido e aclamado pela opinião pública, não se compara à história da nossa redenção, providenciada por Deus antes da fundação do mundo. E essa história que fala da nossa salvação se inicia no antigo testamento, e tem a ver com a queda do homem no Éden. Você que pensa que no velho testamento há somente a descrição de leis, sacrifícios de animais, mortes e Deus punindo as pessoas rebeldes. Não! Há desde aquele tempo, a história de um Deus amoroso, estendendo a mão para salvar o homem perdido. 

    Pela fé sabemos que todas as coisas foram criadas por Deus, o universo se formou pela palavra do Senhor. Ele ordenou e tudo veio a existir, inclusive esse planeta chamado terra no qual nós habitamos. O livro de Gênesis descreve com muitos detalhes a criação do nosso mundo. O capítulo primeiro registra a criação da terra: os fundamentos sendo estabelecidos, os luminares, o sol para governar o dia, a lua para governar a noite, e as estrelas. A separação das águas da terra seca, a formação dos mares. A vegetação, as plantas, as sementes cada uma de sua espécie, as árvores que produzem frutos. As montanhas, as estações, o tempo e os animais de várias espécies. Tudo Deus criou perfeitamente. A bíblia afirma que Deus viu que tudo o que Ele tinha feito era bom, (Gn 1.25). Até esse exato momento, o homem ainda não havia sido criado. Por último Deus criou o ser humano (Adão e Eva), coroando a sua criação. O homem é a coroa da criação de Deus. Nós podemos ver que tudo o que Deus criou anteriormente foi para o proveito do homem, foi para que Adão, Eva e sua descendência desfrutasse. Isso está claro nos versículos 28 a 30 de Gênesis. Após criar o homem e lhe sujeitar a sua criação, a bíblia usa a seguinte expressão : "e  Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom (Gn 1.31). Você consegue perceber a distinção que Deus fez? Antes de o homem existir, tudo que Deus tinha feito Ele viu que era bom. Após completar a sua criação com a formação do homem, Deus viu que era muito bom. Nós vemos que Deus concedeu muitos privilégios ao homem, mas fez uma única exigência. Qual? Não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16-17). Por que não? Porque no dia que dela comeres, certamente morrerás. Aqui está a origem de todos os nossos problemas. Os problemas da raça humana surgem da desobediência do homem. Por que há milhares de pessoas nos presídios? Porque desobedeceram as leis civis e criminais do país. Por que os acidentes de trânsito no Brasil matam mais do que a guerra do Vietnã? Porque os motoristas não obedecem as leis de trânsito. Portanto, as guerras, a fome, a miséria, os homicídios, e tudo mais de ruim que se possa imaginar, é consequência do pecado que corrompeu o interior do homem, de modo que a sua tendência é para o mal. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?(Jr 17.9) Veja o que diz Dora Tavares no seu blog: "nós cristãos devemos estar sempre atentos aos desejos e tendências do coração. O mesmo coração que ama e que pode gerar e realizar bons propósitos é também o que pode levar o homem ao pecado e à ruína espiritual. Para que algo de ruim seja praticado, é preciso que antes seja concebido nele, para tornar-se real. Nisso se incluem todos os crimes contra Deus e contra a humanidade, desde o Paraíso até os dias de hoje". Jesus disse em Mateus 15.19-20 que: "do coração do homem procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São essas coisas que contaminam o homem". Ou seja, o que contamina o homem procede do próprio homem,(Rm 5.12). Com a desobediência do primeiro homem (Adão), o pecado entrou no mundo e com o pecado veio a pior das consequências: a morte. Que morte é essa? A morte espiritual. A separação entre o homem e Deus. A comunhão foi desfeita, o relacionamento de intimidade entre o homem e seu criador foi interrompido. Houve uma ruptura. O elo de ligação foi destruído. Em outras palavras viramos inimigos de Deus e nos tornamos alvos da sua ira. Veja bem, querido leitor, essa é a nossa condição sem Jesus. O apóstolo Paulo afirma que "todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus".(Rm 3.23).  Por que nos tornamos inimigos e alvos da ira de Deus? Porque Deus é santo! Você sabia que os judeus não pronunciam o nome de Deus em hebraico "YHWH, que é traduzido para a nossa língua como "Jeová", e significa "EU SOU" ou eternamente existente. Os judeus se referem a Deus como Adonai, que significa Senhor, ou Elohim que significa Deus ou deuses. Por que eles não ousam proferir o nome YHWH? Por causa do mandamento de Moisés: "não tomarás o nome do SENHOR teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão" (Ex 20.7). Por essa razão os judeus não falam o nome YHWH (EU SOU), pois temem ofender a santidade de Deus. A santidade é o maior atributo de Deus. A bíblia não diz que Deus é amor, amor, amor, não diz que Deus é justiça, justiça, justiça, e nem afirma que Deus é bom, bom, bom. Mas a bíblia declara tanto no velho quanto no novo testamento que Deus é santo, santo, santo. (Is 6.3, Ap 4.8). Na língua hebraica quando um escritor quer enfatizar algo que ele considera muito importante, ele repete as palavras dentro da frase, para demonstrar que aquilo deve ser levado à serio. A santidade é o único atributo de Deus que é repetido três vezes na bíblia. Por isso, nos tornamos alvos da ira de Deus, pois um Deus que é três vezes santo não pode ter comunhão com o pecado, razão pela qual Ele não podia mais se relacionar com o homem pecador, a não ser que este seja lavado e remido pelo sangue de Jesus. A ira é a resposta de um Deus santo para o pecado.  O que é a ira de Deus? É a descrição da tristeza de Deus com o ser humano e seus atos pecaminosos. É Deus sendo obrigado a executar juízo contra o pecador. Um Deus santo não pode fechar os olhos para a iniquidade, por quê? Porque se Deus não nos punisse devido os nossos pecados, Ele seria considerado injusto, portanto, deixaria de ser santo e logo deixaria de ser Deus.

    Quero abrir um parêntese, eu sei que você está pensando ou já pensou alguma vez: "conheço pessoas dentro da igreja que estão em pecado nesse momento, estão em adultério, estão se prostituindo, mentindo, sendo desonestas e não vejo acontecer nada com elas, pelo contrário, elas estão muito bem e parecem felizes. Querido não se engane com as aparências, Deus não está dormindo! Você está pensando que Deus é um velhinho cansado que anda de bengala, um Deus fraco e mole que as pessoas colocam na parede lhe dão ordens? Este não é o Deus da bíblia! O nosso Deus tem olhos como chama de fogo, não há nada encoberto diante Dele, Ele tudo vê, tudo sabe.

    Quem já ouviu falar do famoso sermão de Jonathan Edwards intitulado: Pecadores nas Mãos de um Deus irado? Este sermão foi pregado em 08 de Julho de 1741 em Enfield, Connecticut-EUA. Segundo relatos Edwards ficou três dias sem comer e dormir orando pela conversão das pessoas: "dai-me a Nova Inglaterra". A pregação desse homem de Deus foi tão tremenda que os membros daquela congregação se agarravam nas cadeiras e nas colunas do templo, e gritavam: "senhor Edwards por favor pare, nós não estamos aguentando! Aquelas pessoas tinham a impressão que um buraco iria abrir no chão a qualquer momento e elas seriam tragadas para o inferno. Precisamos resgatar em nossas igrejas a visão desse Deus todo poderoso. O Deus que se anuncia na maioria das igrejas contemporâneas só existe para atender os nossos caprichos e certamente não condiz com as escrituras.

     Eu vou citar um trechinho do texto que está no site da Editora Fiel: "no famoso sermão de avivamento de Edwards, ele admitiu o fogo do inferno como algo real e colocou ênfase na solene tensão entre o julgamento de Deus e a misericórdia de Deus. Edwards apresentou Deus como um juiz perfeitamente justo que estava corretamente indignado em face a rebelião dos seres humanos contra o seu amor. Ao mesmo tempo, Deus havia se restringido misericordiosamente, por um tempo, na execução de seus juízos, para dar aos pecadores uma oportunidade de receberem o amor redentor de Cristo e serem salvos da condenação horrível, justa e certa.
Edwards formulou as imagens impressionantes do sermão ao redor da ira de Deus iminente e retida por muito tempo. "as nuvens negras da ira de Deus [estão] pairando sobre a nossa cabeça, cheia de tempestade horrível e grandes trovões". Ou "como grandes águas que são represadas no presente; elas aumentam cada vez mais e sobem cada vez mais". Outra vez "o arco da ira de Deus está armado, e a flecha está pronta na corda, e a justiça dispara a flecha em seu coração e desarma o arco". Assim, Edwards acumulava imagem sobre imagem. Além disso, ele insistia em que não era a ira ou a justiça que estava errada, mas a pecaminosidade essencial de cada pessoa que tornava justo o julgamento. 
    E para você que pensa que esse tipo de pregação pode amedrontar as pessoas e afastá-las da igreja, engano seu. Veja o que aconteceu:
 "Edwards nunca terminou o sermão em Enfield. O tumulto se tornou muito grande quando a audiência foi tomada por gritos e clamores: "o que farei para ser salvo? Oh! estou indo para o inferno! Oh! O que farei por Cristo? Um dos ministros registrou que "os gritos agudos e clamores eram comoventes e admiráveis". Várias" pessoas foram esperançosamente mudadas naquela noite. Oh! que prazer e alegria havia em seu semblante! "

    A pregação de Jonathan Edwards, sobre um Deus irado contra o pecador, produziu um grande avivamento na vida daqueles ouvintes, e resultou na salvação de muitas almas. Está vendo porque Deus muitas vezes não nos pune? Está vendo porque Ele tolera o pecado no mundo e até dentro da igreja? Porque Deus espera que nos arrependamos e voltemos para Ele! (Naum 1.3).

    Só há uma forma do homem escapar da ira vindoura de Deus. Qual? Arrependendo-se e crendo no evangelho. Você de fato se arrependeu de seus pecados? O que é arrependimento? É confessar os pecados para Deus e abandoná-los. Você que aceitou Jesus já deixou o amante ou a amante? E você jovem, e você adolescente já abandonou a pornografia? Você já deixou de praticar sexo fora do casamento? Salmos 32.3-5 : "Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo bramido em todo dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. O efeito do pecado é terrível, ele nos escraviza, corrói a nossa alma e destrói a nossa comunhão com Deus. Qual é a saída? Aqui entra a figura de Cristo e do evangelho que foi anunciado pela 1º vez Gênesis 3.15. A promessa da nossa redenção. Se em Adão originam-se os nossos problemas, em Jesus encontram-se a solução para eles. Jesus é a providência divina para os nossos pecados, através Dele a barreira que nos separava de Deus é derrubada.

    Qual foi a reação de Adão e Eva quando ouviram a voz do Senhor que andava no jardim? O que eles fizeram? Esconderam-se da presença do Senhor. O que o pecado causou? Destruiu a comunhão entre o homem e seu criador. O homem passou a ter medo de Deus. O homem que o Senhor fez para ser seu amigo, para se relacionar com Ele, agora tinha medo de Deus. Por que Adão e Eva tiveram medo e se esconderam? Porque estavam nus. Porém, era uma nudez espiritual causada pela desobediência. Veja a terrível consequência do pecado em nossas vidas. O nosso pecado provoca vergonha, medo, dor, tristeza, angústia, culpa. E estes sentimentos acabam nos fazendo tentar fugir de Deus. É impossível praticar o pecado e continuar tendo a mesma relação com Deus, como se nada tivesse acontecido. Se nós não lutarmos, se não não abandonarmos o pecado, mais cedo ou mais tarde ele irá nos afastar de Deus, ou você deixa o pecado, ou pecado irá te fazer deixar Deus.
   
    Outra coisa que nós podemos perceber no texto é que o esforço do homem foi inútil, ou seja, a sua tentativa de cobrir a nudez foi insuficiente, pois ele continuou se sentindo despido diante de Deus. Isso nos ensina que nós não somos capazes de nos justificar perante ao Senhor mediante as nossas obras. Isto é, o nosso esforço humano é inútil. Aquilo que fazemos não é suficiente o bastante para sermos aceitos na presença de Deus. Remova a ideia de tentar agradar a Deus pelos seus próprios méritos, você não irá conseguir. O que Deus fez diante daquele quadro? (v. 21) Deus providenciou vestimentas de pele para o homem e sua mulher. Você consegue ver a graça de Deus sendo manifestada no antigo testamento? O homem ofendeu a Deus, traiu a sua confiança. E mesmo assim, Deus lhe estendeu a sua bondade e favor. Mas para que a graça de Deus se revelasse exigiu-se um preço. Foi necessário que Deus sacrificasse um animal inocente (provavelmente um cordeiro) que não tinha culpa do erro do homem, mas ele teve que pagar com a vida para expiar a culpa do homem e cobrir a sua nudez. O ato de Deus é a demonstração que somente Ele é capaz de justificar e redimir o homem do pecado. Através da graça e misericórdia oferecida a Adão e Eva, Deus estava anunciando a vinda do seu filho unigênito, que sendo inocente, sem pecado e sem culpa, morreria na cruz para nos substituir. Jesus assumiu o nosso lugar. Ele é o cordeiro de Deus que foi morto antes da fundação do mundo.(Ap 13.8, 1 Pe 1.18-20). Isso é o que chamamos de expiação. O que é expiação? É o sacrifício oferecido a Deus a fim de satisfazer a sua justiça e desviar (aplacar) a sua ira. Veja o texto do site esboçando ideias: "no antigo testamento, os substitutos que davam à vida no lugar dos  pecadores arrependidos eram os animais. Morriam em seu lugar. Dessa forma Deus se satisfazia e perdoava o pecador. O sacrifício era aceito por Deus. A partir de Jesus a coisa muda um pouco. Jesus Cristo é chamado na bíblia de "cordeiro de Deus". Ele é o nosso substituto. Jesus fez expiação pelos nossos pecados. Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isso que Ele é justo." (Presbítero André Sanchez).

    Cabe aqui a seguinte pergunta: De que Deus nos salvou? Muitos vão dizer que Deus nos salvou das garras do Diabo. Mas a bíblia não afirma isso. Por mais que isso possa lhe parecer estranho, Deus nos salvou Dele mesmo! A ofensa foi cometida contra Deus, o diabo foi o instrumento da queda, mas de fato, quem ofendeu o Senhor foi Adão.
Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo a todos os homens para condenação...Porque, como pela desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores...(Rm 5.18a,19a)

    Para termos paz com Deus só existe uma forma. Não é orando, jejuando, não é evangelizando ou ajudando os necessitados, embora devamos fazer todas essas coisas. No entanto, a única maneira de nos reconciliarmos com Deus é sendo justificados mediante a fé em Cristo (Rm5.1). Para  ficarmos em paz com Deus foi preciso que o Senhor Jesus pagasse um preço muito alto, preço de morte e morte de cruz. E como disse anteriormente esse preço não foi pago ao diabo e sim a Deus. Jesus nunca deveu nada ao diabo, dizer isso é uma blasfêmia! Quer dizer que Jesus devia a Deus? Não! Nós é que devíamos, porém, não tínhamos condições de pagar. Porque na condição de pecadores a nossa oferta não seria capaz de satisfazer a justiça divina. Jesus assumiu a nossa dívida e pagou o nosso preço. Ele simplesmente assumiu o nosso lugar no madeiro, fez-se maldição por nós (Gl 3.13), sofreu o castigo que nos trouxe a paz (Is 53.4-5) e trouxe a reconciliação com Deus. 

    É como se Deus despejasse a sua ira sobre nós e Jesus entrasse na frente, assim Ele não deixou que nem uma gota sequer da ira de Deus respingasse sobre nós. A ira de Deus é algo tão terrível que Cristo foi tomado em sua alma de angústia e tristeza. Havia sobre Ele naquele momento uma pressão tão grande, um nível de estresse tão alto que para qualquer outro ser humano seria insuportável, à ponto de suar gotas de sangue. Naquele momento de angústia no Getsêmani, Jesus chegou a suplicar ao pai, que se fosse possível, passasse Dele aquele cálice, contudo não se negou fazer a vontade do pai. Que cálice era este que Cristo pediu que Deus retirasse Dele? Era o cálice da ira de Deus (Ap 16.19). Paulo afirma que há um dia reservado para a ira de Deus ser derramada sobre os ímpios (Rm 2.5). Em 1 Tessalonicenses, ele afirma que Cristo nos livrou da ira vindoura. E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.(1 Ts 1.10). Quando este dia chegar todos os inimigos de Deus, todos que não tiveram os seus nomes escritos no livro da vida, serão lançados no lago de fogo, a saber o inferno. 

    A Justificação

    A justificação é um termo forense, isto é, um termo jurídico, legal, um termo usado em tribunais. Ser justificado significa que fomos declarados justos por Deus embora pecadores. Pense num tribunal. O que temos num tribunal? Quais são as figuras principais? O juiz, os réus, o advogado e o acusador. Quem é o juiz? Deus. Quem são os réus? Nós! Quem é o advogado de defesa? Jesus. Está faltando quem? A figura do acusador. Quem é o acusador? O Diabo. (Ap 12.10). Aqui há uma disputa legal, jurídica. Agora pense na cena. Estamos todos no tribunal de Deus. Nós somos os réus. Os acusados de cometer a ofensa a Deus (o pecado). O diabo está nos acusando diante de Deus (eles pecaram, e pela lei o salário do pecado é a morte) eles merecem morrer! Deus sendo o justo juiz tem que punir os pecadores, Ele tem que nos condenar. Entra a figura do advogado e interpela ao juiz: "deixe-os livres, pois derramei o meu sangue pela ofensa deles". Então, Deus nos declara inocentes! Cristo morreu para satisfazer a justiça de Deus, a sua morte nos justifica perante o tribunal divino. É por isso, que somos declarados justos embora pecadores. Justos porque fomos alvos de uma declaração divina: você foi justificado pela fé. Mas pecadores porque continuamos pecando. Eu sou tratado por Deus como justo, mas no meu interior eu sou pecador. 

    Como não viver atormentado pela acusação do Diabo? Quando você entende essa verdade espiritual, quando você descobre que é justificado pela fé em Cristo, tudo muda. Quando Deus olha para nós, Ele vê a justiça de Cristo que nos foi imputada, isto é, os méritos da obra de seu filho nos foram atribuídos gratuitamente. Mesmo sem merecimento algum, Cristo fez uma troca conosco no calvário. Ele lançou a sua justiça na nossa conta, e pegou para si os nossos pecados. A justificação resolve a questão da natureza pecaminosa que herdamos de Adão. A graça de Deus é a boia salva-vidas que não nos deixa afundar no lamaçal do pecado. Onde abundou pecado, superabundou a graça de Deus. Mas não devemos usá-la como pretexto para pecar. Que diremos pois? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? (Rm 6.1,2)

        


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